sexta-feira, 4 de maio de 2012

Desabafo em 4 de Maio de 2012

O que você disse nao tem cura. Na verdade, fico imaginando cada centimetro nas 48 horas que tenho no meu dia, pois vivo dois dias de cada vez pra conseguir esquecer você.
Eu não sei como você me deixou sozinha e saiu pela porta dos fundos. Eu te dei carinho até você cansar de receber, penteei o seu cabelo depois de todos os banhos e comprei os melhorese DVD's pra quando estivesse cansada e quisesse ficar em casa... Até seu chá! Eles eu fazia com todo gosto e com 12 gostas de adoçante...

Eu custo a entender como pode me dizer só aquilo, e a cura nao ter até hoje.

É Judie, continuo sendo a Marta que desenhava para você pintar, a Marta que cozinhava com você, e por isso saia tudo mais gostoso.. Sou a Marta que fez todas as loucuras na cama com você e por você. Marta sou eu, uma mulher de 32 anos que custa a entender os caminhos da vida. Uma guerra só, um tumulto só. Uma Marta sozinha, sem noticias, sem praia e sol fresco, sem querer amigos perto.. e desejando você sem piedade!
Sei que foram poucas palavras Judie.. e confesso que não sou aquela de sempre; você também já não é! 
Lembro da ultima foto tua que tenho na memória.. era tanta chuva, tanta, tanta.. que meus olhos chovem também! Voce estava de blusa branca que ficou transparente (você corria desesperada para nao perder nem um segundo da água naquela manhã). Você estava sem óculos e com os pés no chão com os braços abertos...

Ah Judie,

Eu nao entendo minha cama vazia e a sala de jantar também.
Não gosto de saber que você se foi! Não suporto...
Sempre foi só eu e você, só nós! E assim ficará o que disse aquele dia, entre nós! Posso ser egoísta em te querer pra mim.. Mas me sinto menos fraca dessa forma.

O que você disse ao me olhar continua sem cura, até um dia eu te encontrar em outra vida, nesse mesmo céu.
Tenho que terminar de escrever agora.

Ainda chove.


Sempre sua,
Marta

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