Nas cordas que eu te prendi
A única coisa que pode se ver é
A vontade de te ver quieta...
Nenhum nó concreto te aperta
É tudo da cabeça...
Onde só os olhos da atitude
Podem ver essa nódoa cor de azul...
As pedras que eu te joguei
Foram todas de gelo
E elas, solta no ar,
Derretem antes de te acertar os pés,
Derretem antes mesmo da intenção...
E a água que escorre pelo meio do caminho
Riscam no chão de areia
Bolinhas de lama que fazem caminho pra mim.
Se eu te cobro o troco da vida que eu te dei
É porque você é pra mim totem que me marca.
Se eu te troco o troco pelas minhas mãos espalmadas
É porque, apesar de tudo,
Eu quero te olhar para sempre
Independente de cordas e pedras.
Camila Barros
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