terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tempo!

Foi a civilização suméria, em 2000 a. C., que criou o sistema numérico sexagesimal. Enquanto a maioria das sociedades humanas escolhiam 5, 10 ou 20 como seu número-base, os sumérios optaram pelo 60 porque o achavam um número bastante flexível, já que ele é o menor número divisível simultaneamente por 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Esta escolha foi muito sábia, pois naquela época não existiam instrumentos ou máquinas para manipular os números quanto há hoje em dia. Foi essa facilidade que fez com que o 60 ganhasse aura de número "mágico" e se tornasse tão importante para aquele povo.
Essa base sexagesimal deu origem a diversas unidades antigas, como a dúzia (12), submúltiplo de 60 (60 dividido por 5), que foi usada para dividir a parte clara e a parte escura do dia em 12 horas cada. "Só não dividiram as partes do dia em 60 porque ainda não havia instrumentos que pudessem chegar a essa fração tão pequena de tempo", diz Roberto Boczko, do Instituto de Astronomia da USP. Quando os instrumentos tornaram-se mais precisos, notou-se a possibilidade – e a necessidade – de subdividir-se a hora. Assim, em 1670, surgiu o "minutum" que, em latim, significa "pequeno". Foi o cientista holandês Christian Huygens, responsável pela divisão, quem decidiu manter a tradição suméria. Por volta de 1800, a necessidade de medir intervalos ainda menores levou ao aparecimento de um "pequeno de segunda ordem", o que hoje chamamos só de segundo.



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